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O Construtor de Cidades descreve em primeira pessoa o quotidiano de um professor de Biologia a trabalhar numa escola pública. As dificuldades, as desilusões e a desmotivação que advêm da sua relação com os alunos e com os colegas, tão ou mais desmotivados do que ele próprio, as alterações constantes à legislação educativa e aos programas de ensino que sucessivos governos vão impondo a um ritmo impossível de assimilar e de pôr em prática com sucesso, levam-no a um estado de prostração e de desânimo.
É esse estado que permitirá à personagem refletir no seu papel numa sociedade em crise que se desmorona diante dos seus olhos. O único refúgio possível é o passado, tempo mítico de amores, de ilusões e de felicidade.